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Dia da Literatura Brasileira: a arte da palavra

[…]
As palavras têm vidas
Umas fazem-nos saltitar
E, quando menos tranquilas
Mais atraentes ficam
Fazem os olhos brilhar.

Livros são fontes que transbordam
Nenhum animal descreve o passado
Nem o que ocorre no presente
Nem desenha o futuro
O homem, ao menos, desabafa escrevendo.

As tipografias são capazes disto
Têm lutas por trás disto
Têm palavras sorrateiras
Têm verdades – tem besteiras
São momentos de solitárias faces …
(Trecho do poema “Escritas”, retirada do livro “Espectros” – Mauro Felippe)

A literatura é a arte da palavra. A obra literária é resultado das relações dinâmicas entre as mágicas palavras e o escritor que dão vida às histórias. Em cada livro há interações entre o autor, público e sociedade, pois, através de suas obras o artista transmite seus sentimentos e ideias do mundo, levando seu leitor à reflexão e até mesmo à mudança de posição perante à realidade. Assim, a leitura auxilia no processo de transformação social e na cidadania.

Os livros também podem assumir formas de críticas à realidade circundante e de denúncia social, transformando-se uma literatura engajada, servindo, de certa forma, a uma causa político-ideológica.

De mesmo modo, ela conduz o leitor a mundos imaginários, causando prazer aos sentidos e às emoções. A literatura se transformou em várias partes do mundo, onde em cada lugar tem sua importância, como nas disciplinas escolares que visam a língua e cultura do País, assim como para a formação de jovens leitores.

Aqui no Brasil, possuímos inúmeros clássicos valiosíssimos para compôr nossa cultura e exaltar nossas raízes, como exemplo: Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, respectivamente, de Machado de Assis; Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa; Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Água da Fonte, de Fernando Jorge; entre outros.

Entre as vanguardas e os movimentos literários mais significativas para a literatura brasileira, estão o Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré– Modernismo, Modernismo e o Neo-Realismo. E com essa grande diversidade, possuímos obras clássicas para cada um, ao meu ver, atemporais.

Para homenagear os grandes escritores e às suas belíssimas obras, o dia 1° de Maio, além de ser o Dia do Trabalhador, foi o escolhido para comemorar o  Dia da Literatura Brasileira. A data exalta os livros nacionais que passaram por uma extensa e rica diversidade de escolas literárias, marcando cada período social e intelectual da história do Brasil.

Essa data foi escolhida, também, em homenagem ao aniversário de um dos mais importantes autores do Romantismo Brasileiro, José de Alencar. Ele nasceu em 1 de Maio de 1829, e ficou conhecido por ser o primeiro escritor brasileiro a retratar o seu País exatamente como ele era, ou seja, com os personagens típicos do Brasil, como o índio e a vida no sertão nordestino. Alencar era Cearense e, além de escritor, também atuava como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça.

Dessa forma, por haver, principalmente nos dias de hoje, uma pluralidade literária enorme, devemos valorizá-la e sempre procurar ler a vasta obra, para ficarmos mais próximo dos nossos queridos livros nacionais! Da mesma forma, incentivar à leitura aos pequenos, que serão o futuro do País.

 

Sobre o autor: Natural de Urussanga/SC, o advogado Mauro Felippe já chegou a cursar Engenharia de Alimentos antes de se decidir pela carreira em Direito. Autor das coletâneas poéticas Nove, Humanos, Espectros e Ócio, já preencheu diversos cadernos em sua infância e adolescência com textos e versos, dos simples aos elaborados (a predileção pelo segundo evidente em sua escrita). As temáticas de suas obras são extraídas de questões existenciais, filosóficas e psicológicas que compreende no dia a dia, sendo que algumas advém dos longos anos da advocacia, atendendo a muitas espécies de conflitos e traumas. Por fim, pretende com a literatura viver dignamente e deixar uma marca positiva no mundo, uma prova inequívoca de sua existência como autor. Participante assíduo de feiras literárias, já esteve como expositor na Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2016 e Bienal Internacional do Livro do Rio 2017.

 

Da Redação

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