“Este era o nosso pacto”, uma HQ de aventura leve, cheia de esperanças, inocência e muita fantasia
Tudo começa com um grupo de amigos que decidem seguir as lanternas de um festival anual rio abaixo indo aonde nenhuma criança jamais esteve.
Não importa a distância ou o tempo que levasse, eles iriam até o fim na sua aventura e com isso estabeleceram duas regras:
1° ninguém volta para casa;
2° ninguém olha para trás.
Muito inocente é claro, afinal, era óbvio que o pacto não iria durar por muito tempo. Mas duas crianças estão dispostas a ir até o fim. Essa é a história de Nathaniel e Ben. O curioso aqui é que Ryan consegue criar uma estrutura narrativa cheia de magia e elementos fantásticos e ao mesmo tempo deixar natural. É como se fosse uma das histórias do Studio Ghibli onde do nada aquela história realista é preenchida por seres gigantes fofos e velhinhas peculiares que moram em castelos gigantes e cheios de mistérios e você diz: “tudo bem, eu aceito tudo isso como se fosse normal, afinal, eu acredito em magia”.
Tudo isso é claro é montado para criar o arco narrativo da construção de uma amizade verdadeira entre os dois garotos e, principalmente Bem, que tem que assumir que era “influenciado” pelos outros colegas para não ser mais próximo de Nathaniel. Mas se você ler ainda com mais atenção verá que “Este era o nosso pacto” tem uma mensagem de fundo ainda mais enriquecedora: não tenha medo de viver e conhecer o novo.
A pureza de Nathaniel, que aqui é a maior coragem do personagem é que movimenta toda essa história. Ele não tem medo de fazer o contato com o urso gigante que está parado no meio da estrada, afinal, que mal poderia ele fazer se ele está vestindo um belo cachecol? E essa coragem e descobrir o desconhecido e não se levar pela primeira imagem, ou até a imagem que é estabelecida por todos que faz Nathaniel ser um personagem cativante.
Aliás essa é uma palavra que resume muito bem mais esse acerto da Editora Conrad: CATIVANTE.
Da Redação
Fonte: Impulso HQ