Conheça Arlindo, HQ da roteirista e ilustradora potiguar Luiza de Souza
Não estamos sós e nem errados em existir
Eu vou começar dizendo que “Arlindo”, da autora e ilustradora potiguar Luiza de Souza, a @ilustralu, é a coisa mais fofa e linda que eu já li em toda minha vida. Eu nunca vi ninguém abordar o amor, as amizades, o relacionamento com familiares e a homossexualidade com tanto carinho e cuidado.
O Arlindo Junior não é só lindo como diz o nome, ele é muito mais que isso. É a representação do que muitos meninos gays da idade dele provavelmente já passaram. A @ilustralu conseguiu deixar o leitor ao ler cada quadro, com os olhos que o Arlindo carrega na capa da edição em capa dura publicada pela Editora Seguinte.
Arlindo é um garoto cheio de sonhos e vontade de encontrar seu lugar no mundo. Tudo o que ele quer é seguir sua vida de adolescente na cidadezinha onde mora, no interior do Rio Grande do Norte. Ele aluga filmes na locadora com as amigas todo sábado, sente o coração bater mais forte pelas primeiras paqueras, canta muito Sandy & Júnior no chuveiro, e ainda cuida da irmã mais nova e ajuda a mãe a fazer doces para vender.
Por mais que ele se esforce e dê o seu melhor, muita gente na cidade não aceita Arlindo – o que traz uma série de problemas na escola e até mesmo dentro de casa. Aos poucos, porém, ele vai perceber que vale a pena lutar para ser quem ele é, ainda mais quando tem tanta gente com quem contar.
A sinopse oficial já diz muito sobre o que você vai encontrar ao ler “Arlindo”, além do que eu já adiantei no início do texto, há cores vibrantes, muitas referências aos anos 90/2000 e uma sensação de que você está lendo uma história que dá calorzinho no peito. Seja no jeito como a fala de alguns personagens te toca ou traz sensação de proximidade como a Dona Anja (avó do Arlindo), por exemplo, ou como o protagonista encontra forças pra continuar a vida mesmo achando que todo mundo está dizendo o contrário.
Arlindo nos mostra que não estamos sós nem errados em existir e seja por qualquer diferença que carregamos, é importante saber que nós só temos nós! Independentemente de como somos ou pra que viemos ao mundo, o amor há de vencer. Sempre!
Só um aviso antes de eu ir, as chances de você chorar ao ler “Arlindo” é mais de 8.000. Pode ter certeza!
“Arlindo” tem um acabamento perfeito, uma história perfeita, 200 páginas e está disponível aqui!
Por: Bruno Fonseca
Fonte: Proibido Ler